sábado, 23 de outubro de 2010

Atividade Paranormal 2

Nota 5,5

Após sofrer uma tentativa de invasão em sua casa, uma família instala diversas câmeras ao redor da casa. O problema é que eles descobrem que os eventos que ocorrem são muito mais apavorantes do que eles imaginavam.
Não vou falar mais sobre a história do filme para não chegar à ponto de um "spoiler".
O primeiro filme da franquia teve um orçamento de US$ 500 mil que, sinceramente, não sei onde foi gasto. Agora este filme teve um orçamento de US$ 3 milhões, o que me parece um absurdo maior ainda analisando as técnicas de que não utiliza absolutamente nenhum efeito especial para consolidar-se como um filme de "terror". É tudo um jogo sonoro, troca de cenas e gritos repentinos para tentar surtir algum medo aos espectadores.
Seguindo a linha do primeiro filme "Atividade Paranormal 2" erra minuciosamente da mesma forma que "Atividade Paranormal" é muita enrolação para poucas cenas assustadoras, mesmo as pessoas que gostam do gênero de cinema que possui o nível mais denso de "lenga-lenga" dentro do suspense, se aborrece ao presenciar 40 minutos repletos de diálogos cotidianos de uma família e nada mais.
Um ponto positivo, em minha opinião, é a história e o jeito que ela é relatada no roteiro. O diretor trás de volta os personagens Katie e Micah, do primeiro filme, e os inseri na trama de uma forma que explica muita coisa e ajuda a completar o primeiro filme da franquia. Atenção isto não e um "spoiler", pois isto já estava divulgado no segundo teaser do site oficial da Paramount Pictures.
Vale apena assistir pela diversão, mas por favor, não crie expectativas de assistir o melhor filme de terror do ano para não decepcionar-se.

Direção: Tod Williams
Roteiro: Michael R. Perry
Elenco: Katie Featherston

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2

Nota 8,5
Melhor filme brasileiro que já foi feito!
Finalmente estou feliz por algo tão bom assim ter saído do nosso cinema. Tomara Deus que isso seja um sinal, uma prova, um exemplo para todos que trabalham com a arte de fazer cinema nesse país e sofrem de uma precariedade ÓBVIA, este seria o principal motivo de muitos dizerem de boca cheia - EU ODEIO FILME BRASILEIRO - e o José Wilker que se foda.
Mas Deus ouviu minhas preces e parece que este cenário desolador está mudando aos poucos.
Antes de falar do segundo filme da franquia Tropa de Elite eu vou explicar e esclarecer um pouco sobre a atual situação do cinema brasileiro.
Até o momento parece que ninguém reage, dinheiro tem, basta investir.

Aonde está a cultura brasileira? Será que o Brasil não produz filmes?
Sim, produz, na maioria de baixos orçamentos e que nas suas histórias aparecem:
- Sofrimento do povo nordestino;
- Algum diretor, que se diz, contemporâneo, fazendo filme que só ele consegue assistir depois;
- Ou então alguma extensão de séries da Rede Globo, de qualidade discutível.

Vejo que falta no Brasil um pouco de viagem fantasiosa, se querem que seus filmes sejam vistos pelo povo, façam filmes para o povo. Se quiserem fazer por arte, façam por arte (mas não reclamem se ele não passar no cinema). Os filmes americanos conquistaram seus espaços, justamente por trabalharem com a fantasia das pessoas. E hoje se move pelo dinheiro das bilheterias. Veja no exemplo: Sherek, um animal verde, Spiderman, uma aranha vermelha, Piratas do Caríbe, Um pirata maluco! - É uma tremenda viagem cinematográfica.
As pessoas deveriam assistir aos filmes brasileiros pela qualidade, não pelo artista que está na novela ou porque o ingresso esta a R$ 1,00.
Devemos cobrar os diretos brasileiros porque na novela da Rede Globo, você encontra qualidade (parte técnica), grandes trabalhos de fotografia e figurino e nos filmes, nada disso?
Enfim o dinheiro é a resposta para muita coisa.

Mas vamos ao que interessa “Tropa de Elite 2” crítica política pura.
Para quem gosta de fazer comparações dizendo que o primeiro filme é melhor do que o segundo, devem entender que são propostas e recursos diferentes, mas mesmo havendo todas estas diversidades o segundo filme é imensuravelmente melhor do que o primeiro, tem uma história que é tocada por um roteiro nível Hollywood.
Assim como o sucesso anterior, Tropa 2 tem um roteiro organizado parcialmente em flashbacks. Antes de sabermos o desfecho da tocaia armada para matar o Nascimento (Wagner Moura), voltamos alguns anos, quando o mesmo, ainda capitão, tenta dar fim a uma rebelião no presídio Bangu I (Beirada, o líder do motim é interpretado por Seu Jorge). Posteriormente, nomeado para um alto cargo na Secretaria de Segurança Pública. Disposto a deixar os problemas familiares de lado, Nascimento decide equipar o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) com direito a blindados, helicópteros e mais “caveiras”. Com o passar do tempo, Nascimento, ao mesmo tempo em que tenta reaver a confiança do filho, percebe que o crime organizado mudou de cara: ao invés de traficantes, quem dá as ordens é a milícia, composta por policiais corruptos, que trabalham juntos com políticos do governo carioca. Sabendo da gravidade dos fatos, em um momento decisivo, o personagem principal aceita a ajuda do “inimigo” Fraga (Irandhir Santos), também interessado em combater a corrupção.
Pelo que eu vi na internet o filme foi adiado para depois do segundo turno das eleições, pois trata intensamente da corrupção carioca, deixando a imagem do personagem que representa o governo do rio muito ruim, talvez atrapalhando a reeleição de Sérgio Cabral, atual governador do Rio de Janeiro eleito no primeiro turno. Nem sei se eu poderia falar isso!! Rsrsrs
José Padilha tenta retirar do filme aquela imagem de jargões policiais e violência explícita para dar uma inteligência intrigante ao filme.
Só acho que “Tropa de Elite” poderia sair mais da realidade, buscar a fantasia onde personagens conseguem matar e ao mesmo tempo se desviar de centenas de tiros e falta, na minha opinião que pode ser diferente de muitas outras que já vi divulgadas na internet, uma motivação amorosa no enredo algo mais próximo que motive Nascimento além do sonho de salvar o mundo.
Estou muito feliz de ver uma faísca que pode mudar a direção do cinema brasileiro.

Diretor: José Padilha
Roteiro: José Padilha, Bráulio Mantovani
Elenco: Wagner Moura, André Ramiro, Maria Ribeiro, Pedro Van Held, Irandhir Santos, Seu Jorge, Milhem Cortaz, Fernanda Machado, Tainá Müller
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Os Vampiros Que Mordam

Nota 2,0
“Vampiros que se mordam” é uma paródia da “Saga Crepúsculo” e segue um padrão que se estabeleceu em filmes como “Liga da Injustiça” e “Deu a Louca em Hollywood”. Assim como os demais filmes da dupla de diretores ( Liga da Injustiça e Espartalhões) este filme contém situações absurdas e ridículas, como personagens que criam paródias a saga de vampiros. Outra característica explorada é a sexualidade do mocinho que é colocada em questão, um pai que foge dos padrões – é bêbado, desempregado ou pervertido sexual – e as referências ao mundo pop, satirizando as personalidades do momento.
Nem Simon Cowel está salvo.
Essa paródia tem tanta importância quanto os filmes da saga "Crepúsculo", o que quer dizer quase nada. O Filme não é engraçado em grande parte de seu desenrolar pois, aborda um tema muito popularizado de forma leve, ao invés de esculachar geral com essa merda toda de vampiros. Só para entender, o filme tem um certo pudor em se tratar do filme original e não vai além do insano trazendo a graça ao filme.
Pelo fato do filme buscar bastante a perfeição com relação a semelhança com a franquia de vampiros, acaba acertando na parte dos atores. É impressionante como os personagens parecem com os do Crepúsculo, principalmente pela feição estranha que os acompanha durante o filme inteiro.
Contudo, o filme não tem muito a agregar em nada, não é engraçado, pouco satírico e nada crítico, até por este motivo nem tenho muito a falar sobre o assunto. Porém um fato me faz dar alguma nota para isso, o diretor conseguiu resumir em 90 mim toda a história da porcaria toda intitulada "SAGA CREPÚSCULO".

Diretor: Jason Friedberg, Aaron Seltzer
Roteiro: Jason Friedberg, Aaron Seltzer
Elenco: Jenn Proske, Matt Lanter, Christopher N. Riggi, Ken Jeong, Anneliese van der Pol, Arielle Kebbel

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme

Nota 6,5

Quando recebi notícias sobre esse filme comecei a pesquisar bastante sobre a história do primeiro longa feito em 1987 "WallStreet – Poder e Cobiça" e depois que assisti fiquei muito satisfeito pois, o filme é muito bom (devidas proporções da época) e também por ser uma assunto que me chama muito a atenção o mercado financeiro.
Quando Wall Street foi lançado em 1987 ele nos mostrou como é o voraz mundo dos negócios especulatórios, fiquei me perguntando como seria uma sequência após a prisão dos principais personagens do original. E aqui estamos em 2010, 23 anos após o lançamento do primeiro filme, diante de uma continuação a altura e com um Michael Douglas mais velho e centrado no papel que lhe rendeu o Oscar de ator coadjuvante.
Gordon Gekko (Michael Douglas) era o rei de Nova Iorque. Nos dias de hoje, recém saído da prisão, é somente uma lembrança de seu passado, com cabelos compridos e mal cuidados, trazendo consigo o que lhe pertencia em um passado distante (como prendedores luxuosos de dinheiro e um celular que mais parece um tijolo que no primeiro filme é bem usado). Após oito anos preso ele sai sem ao menos ser recebido do lado de fora por alguém da família, o que inclui sua filha Winnie (Carey Mulligan).
A partir dai o filme intercala o fanatismo de um jovem promissor no mundo dos negócios Jake Moore (Shia Labeouf) com a experiência nesse mundo que pode parecer, de certa forma, meio sombrio que é bem tratado pelo papel de Michael Douglas.
O filme começa a errar quando tenta trazer a história para nossa realidade temporal, conflitando problemas como lucro VS meio ambiente, tirando a visão realista e intrigante que trazia o primeiro filme a se tratar da ganância como motor principal do mercado financeiro.
O filme é bem dirigido por Oliver Stone apesar de achar que poderia ser mais curto. O filme ainda é regada de belas músicas, muitas delas interpretadas pelo David Byrne que todos devem conhecer pela música Like Humans Do kkkk pelo menos eu. Deem uma pesquisada. Wall Street: O dinheiro nunca dorme vale ser visto pelo conjunto da obra.

Direção: Oliver Stone
Roteiro: Allan Loeb, Stephen Schiff
Elenco: Michael Douglas, Shia LaBeouf, Josh Brolin, Carey Mulligan, Susan Sarandon, Frank Langella

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O Último Exorcismo

Nota 5,0

Mais uma técnica de Hollywood que começa a ficar batida.
O filme O último exorcismo é, sem dúvida, um filme que segue a tendência "Atividade Paranormal" com uma câmera integrante do elenco que filme e faz todo o trabalho de relatar o assunto decorrente do roteiro mal escrito, mostrando uma maneira diferente de fazer um filme quando na verdade só mostra como fazer um filme sem recursos financeiros.
Diferente dos outros filmes sobre exorcismo, este é feio seguindo uma religião diferente com uma proposta de banalizar o exercício.
Quando o reverendo Cotton Marcus (Patrick Fabian) chega à fazenda de Louis Sweetzer na Louisiana, ele espera realizar mais um exorcismo de rotina. O pai da garota entrou em contato com o pregador, como um último recurso, certo de que sua filha adolescente Nell (Ashley Bell) está possuída por um demônio que deve ser exorcizado antes que uma tragédia aconteça. Cotton permite que seu último exorcismo seja filmado para a realização de um documentário que tem como objetivo provar que o exorcismo não existe de verdade.
Seguindo a moda do momento, todo o projeto é idealizado como um documentário, cheio de depoimentos e letreiros indicando o nome dos personagens. Porém as atuações não parecem reais, nem mesmo algumas situações, portanto todo o esforço é inútil! Mais valeria um roteiro eficiente desenvolvido de forma narrativa, como a obra prima neste tema: “O Exorcista”.
Venderam na mídia um filme repleto de pavor, cenas assustadoras, exorcismo perturbador mas, na verdade o que realmente tem nesse filme um monte de cenas previsíveis e pequenos sustos no desenrolar da história. Fora que o final é bem confuso.
Outro fator que deixa o filme pior é a escolha do elenco, que já é pequeno, principalmente a escolha da garota Nell (Ashley Bell) que transmite um ar de possuída na primeira cena. Diferente a ideia genial que foi utilizada na "O Exorcista" que tem uma transformação da água para o vinha mostrando uma pequena menina radiante de contraste com uma menina possuída pelo demônio.

Direção: Daniel Stamm
Roteiro: Huck Botko, Andrew Gurland
Elenco: Patrick Fabian, Ashley Bell, Iris Bahr, Caleb Jones, Louis Herthum, Tony Bentley.

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