domingo, 29 de agosto de 2010

O Último Mestre do Ar

Nota 5,5

Descarte todo o contato que você teve com o anime antes de ver o filme.
O diretor M. Night Shyamalan conquistou o mundo com o suspense O Sexto Sentido. Desde então, muitos cinéfilos de carteirinha esperam um filme melhor ou, pelo menos, igual. O Último Mestre do Ar não é a primeira tentativa, a última e muito menos o que esperam do cineasta.
Dei uma olhada no site da divulgação brasileira do filme, lá tinha a seguinte sinopse:
"Ar, agua, terra e fogo. Quatro nações unidas pelo destino quando a nação do fogo inicia uma guerra brutal contra as outras. Um seculo se passou sem qualquer esperança em vista de uma mudança nesse caminho de destruição. No fogo cruzado entre o combate e a coragem, Aang (Noah Ringer) descobre que é o unico Avatar com o poder de manipular todos os quatro elementos. Aang se reune com Katara (Nicola Peltz), uma waterbender controladora das aguas e seu irmão Sokka (Jackson Rathbone), para restaurar o equilibrio do seu mundo em guerra.
Baseado na série animada de enorme sucesso para a TV da Nickelodeon, o filme de longa metragem de ação ao vivo O Ultimo Mestre do Ar é o capitulo incial da luta de Aang para sobreviver."


Impressionante como isso mostra que quem escreveu esta totalmente perdido entre a história real da obra e a tradução.
Na história real (na do anime) o personagens recorrem a uma espécie de humor que deixa o desenrolar do drama mais animador. Porém no filme isso não existe, o roteiro ficou muito sério e um pouco mal humorado.
O legal é que para quem não entende nada, o roteiro ajuda um pouco, explicando a ideia, coisa e tal. Na história, as nações representantes dos quatro elementos (Água, Terra, Fogo e Ar) viviam em harmonia até que a turma "do mal" resolveu subjugar os outros. Ou seja, o vilão básico que quer conquistar o mundo.
Só acho meio injusto com os espectadores exigir que eles assistam o desenho animado antes de assistir o filme para entender a história a fundo, história essa que o filme não sabe explicar direito.
O último mestre do ar não será um grande sucesso deste ano pois não é bom, inclusive tem até um tom amador. Mas tem uns efeitos de transação de cenas muito bem trabalhado.
Não recomendo!!

Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
Elenco: Aasif Mandvi (Commander Zhao), Jackson Rathbone (Sokka), Shaun Toub (Uncle Iroh), Nicola Peltz (Katara), Noah Ringer (Aang, o Avatar), Cliff Curtis (Lord Ozai), Dev Patel (Zuko), Jessica Andres (Suki), Keong Sim (Earthbending Father)

Trailer

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Aprendiz de Feiticeiro

Nota 5,0

Vou ser sincero com vocês. Quando assisti ao trailer desse filme, minha primeira reação foi. “Puts, o Nicolas Cage só pega roteiro ruim ultimamente”, dito e feito esse é uma veradeira merda.
Balthazar Blake (Nicolas Cage) é um feiticeiro que mora em Manhattan. Ele busca defender a cidade de seu arquinimigo, Maxim Horvarth (Alfred Molina), mas não é capaz de cumprir esta tarefa sozinho. Para tanto ele recruta Dave Stutler (Jay Baruchel), um rapaz comum mas com um potencial oculto, para ser seu aprendiz. Balthazar passa então a ministrar um rápido curso na arte e ciência da magia, de forma a torná-lo seu aliado na luta constante contra as forças de Horvarth.
Na certa veremos esse filme no baú da sessão da tarde para os próximos anos. Não é uma obra que faça o espectador pensar muito. Basta olhar para entender a monotonia do filme.
É até chato falar dessa tentativa da Disney de aproveitar até a última gota histórias antigas como a do mago Merlin. Além disso, a equipe responsável pelo roteiro não se esforçou muito na elaboração da história. O enredo é cheio de furos e todo atropelado, faltando motivações e embasamentos para vários acontecimentos. Isso sem mencionar a péssima tomada introdutória do longa. Parece que não houve muita preocupação em manter a atenção do público. O Aprendiz de Feiticeiro é aquele típico filme para passar na televisão, enquanto você está estudando, limpando a casa, conversando ao telefone e mesmo assim conseguir acompanhar sem nenhum problema tudo que está acontecendo.
Os efeitos visuais ficaram muito bons, mas eles perderam de certa forma o destaque devido aos movimentos exagerados, para não falar cômicos algumas vezes, realizados na ativação/lançamento das magias pelos personagens. O que lembrou um pouco as movimentações do desenho animado Dragon Ball, só que mais extravagantes.
Então se você, caro leitor, está cheio de coisas para fazer não se preocupe da para assistir o filme jogando uma partida de truco plantando bananeira e comendo manga que mesmo assim você vai entender o toda a história.

Direção:
Jon Turteltaub
Roteiro: Jon Turteltaub
Elenco: Jay Baruchel, Teresa Palmer, Nicolas Cage, Monica Bellucci (Veronica), Toby Kebbell (Drake Stone), Alfred Molina, Gregory Woo (Sun Lok - "O Bruxo")

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Origem

Nota 9,0

Esperei muito por isso!!! Nolan relamente é um gênio!!!
Christopher Nolan é hoje a melhor prova de que existe vida inteligente em Hollywood. Ele investiga o universo da mente em A Origem. O filme é sobre um cara que rouba sonhos contratado para colocar uma ideia na mente de um homem. Só nesse conceito já está impressa uma reflexão sobre o que é o cinema.
O mundo esta mudando, filmes considerados “BlockBuster” (BlockBuster" são aqueles filmes considerados mundialmente com grandes bilheterias) estão perdendo um pouco o espaço e abrindo margens a verdadeiras obras primas. Doa a quem doer, é verdade. “A Origem” é um exemplo dessa “nova vertente” do cinema mundial, onde um diretor brilhante, neste caso Christopher Nolan, consegue unir todos os elementos necessários para o sucesso (que significa muito $$) nos dias hoje e ainda ter o luxo de contar uma história inesquecível e de qualidade.
A Origem, como outras obras do cineasta, investiga a mente, desta vez por meio dos sonhos. Dom Cobb (Leonardo DiCaprio) comanda uma equipe que compartilha e assim invade os sonhos de pessoas para roubar de seu inconsciente segredos que possam ser utilizados por empresas concorrentes. Um poderoso empresário (Ken Watanabe) procura o serviço para propor algo diferente: que ele implante uma ideia no cérebro do herdeiro de outra companhia (Cillian Murphy). Dom contrata uma nova arquiteta dos sonhos, Ariadne (Ellen Page), e junta sua turma, formada por Arthur (Joseph Gordon-Levitt), Eames (Tom Hardy) e Yusuf (Dileep Rao).
Ao mesmo tempo, o passado de Dom, na forma de Mal (Marion Cotillard), vem para assombrá-lo.
Não vou falar muito mais sobre a história do filme para não estragar o impacto que você, leitor amigo, terá quando assistir.
O filme se torna um sucesso pois ele une um história impecável com um elenco maravilhoso. Poderia falar de todos aqui mas vou resaltar somente 3:

1º Leonardo Dicaprio - Se tornou um dos melhores atores de hollywood, sobe fazer filmes que necessotam do ator uma imterpretação cheia de conflitos no campo na mente. Aprendeu muito com o Scorsese.

2º Helen Page - Todos os filmes que ela faz são bons, ela sabe como ninguém ser uma coadjuvante que brilha nos olhos dos espectadores. Nesse filme ela tem um papel muito importante pois ela ajuda-nos a atender a história. Até nisso o Nolan é muito foda. Ele criou uma personagem leiga, como nos antes de assistir o filme, que tinha a função de aprender junto com os espectadores tornando a tarefa de entender um filme complicado um pouco mais fácil.

3º Joseph Gordon-Levitt - Ele mesmo mudo seria um grande ator. Uma pena muito grande ele não ter sido escolhido para viver o novo homem aranha.


Até perto do final, podemos pensar o filme tanto como um excelente filme de ação/suspense, quanto como uma alusão à manipulação que podemos sofrer. Enquanto o grupo de Cobb arma o ataque à mente de Fisher (Cillian Murphy), descrevem-se as dificuldades de se inserir uma ideia na cabeça de alguém. É obvio pensar o filme como mostra da brutalidade das ideologias em nossas vidas.
Outra coisa: desconfiem quando falarem que a narrativa é difícil. Acho que essas pessoas dormiram na sessão e perderam esse sonho tão claro de Nolan. Ele consegue levar a trama com tranquilidade, sem deixar ninguém pelo meio do labirinto. No final, aí sim, ele nos larga no abismo!
Antes de acabar queria falar mais duas coisas. Primeiro, Nolan está de parabéns. Enquanto as regras desse universo são expostas, consegue prender o expectador, sempre interessado em compreendê-las. Somos apresentados para um mundo imaginário de primeira! Ele construiu um mundo, do nível de “Matrix”, apesar de considerar sua melhor obra (“Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “Amnésia” ainda são os melhores), mesmo assim "A Origem” é ouro!"

Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Ken Watanabe, Joseph Gordon-Levitt, Cillian Murphy, Marion Cotillard, Tom Hardy (I), Ellen Page, Michael Caine


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domingo, 1 de agosto de 2010

Encontro Explosivo

Nota 4,0
Em 'Encontro Explosivo', June (Cameron Diaz) é uma mulher solteira que espera mudar sua vida marcando um encontro às escuras com Milner (Tom Cruise). Ela não dá sorte. Milner a leva para uma aventura cheia de perigo, onde ninguém é o que parece. Aos poucos, ela começa a desconfiar que esteja se envolvendo com um espião. Depois de tanta aventura, June terá de decidir se Milner é um vilão ou a única pessoa em quem pode confiar!
Essa mistura comédia, romance, particulamente não me agrada pois muitas vezes os diretores não se decidem que rumo o filme vai tomar. Não sabem se o filme será de ação, romance e também não adimitem o "pastelão" cômico satírico que realmente seria a melhor opção.
Não tentem se enganar, Econtro Explosivo é um filme para garotas o que parece um pouco irônico. Um filme de ação destinado as garotas e incrivelmente a parte que elas menos gostam são as cenas de ação.
Esse gêmero artistico esta um pouco batido em hollywood, basta ver a seguem de filmes que estrearam no verão americano. Isso explica a fraca estréia nos EUA compravando que o fato do filme ter contado com um elenco composto por Tom Cruise e Cameron Dias deu uma "ajudinha" considerável. Embora não seja nenhuma revolução, Encontro Explosivo reafirma uma grande habilidade do cinema americano de ação: criar cenas e situações de completo arrebatamento, que embora completamente absurdas (quem procura plausibilidade em um filme de ação?), parecem excitantes. Enfim, carros em chama voam de uma highway, enquanto uma pessoa armada se penduram no topo de um outro veículo em alta velocidade - ao mesmo tempo que mantém uma conversa pelo parabrisa com o motorista. O que dá também a inexplicável sensação de segurança, ainda dentro desta lógica e num filme deste orçamento. Sabe-se, pois, que, não importa o tamanho do pepino, sempre há um jeito, digno de Houdini, de escapar da situação(ou como os personagens do filme dizem: “usar Houdini hands”). Aconteça o que acontecer, Tom Cruise não morrerá antes do final.
Direção: James Mangold
Roteiro: Patrick O'Neill
Elenco: Tom Cruise, Cameron Diaz, Peter Sarsgaard, Marc Blucas, Jordi Mollà, Viola Davis, Paul Dano, Maggie Grace

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