terça-feira, 28 de setembro de 2010

Resident Evil 4

Nota 3,5
Quando um diretor tenta consertar e só piora.
Mais uma prova que filme bom de game não existe.
Eu acompanhei alguns comentários prévios a estreia do 4º filme da franquia Resident Evil, popularizada pelo sucesso do game a partir dos anos 2000, e confesso que achei animador, na medida do possível.
Antes de mais nada tenho que deixar bem claro que considero os filmes anteriores da franquia um verdadeiro lixo.
Mas voltando ao 4° filme, notícias publicaram que nesse projeto iria se buscar mais realismo e diálogos mais elaborador. O próprio diretor, Paul W.S. Anderson, declarou que tinha uma total liberdade para criar no filmes pois o mesmo se perdeu completamente do game e ganhou sua vida própria a partir do segundo filme. A franquia é baseada numa série de videogame criada no Japão e responsável por popularizar o gênero do "survival horror'' nos games. Ai que esta o erro, o filme começou a transformar o gênero criando uma "sub-gênero", fazendo com que seus personagens se tornassem algo tão fora da realidade que não daria mais para criar um enredo onde esses pudessem se encaixar.
Exemplo disso é a personagem Alice (Mila Jovovich) que no terceiro filme se torna tão poderosa deixando impossível a sequência para o 4 filme. E é óbvio que o $$ fala mais alto na hora de criar a todo custo uma próximo franquia que faturasse mais na casa dos milhões, até ai tudo bem pois todos nos entendemos que o que move o projeto Resident Evil nunca foi o amor pela arte, mas o problema esta na forma que eles consertam os personagem trazendo a todo custo de maneira cômica a forma mais humana dos personagens.
E alguém me explica o que é aquele cara com um machado enorme que aparece totalmente de graça no meio de tudo, sem história, sem antecedentes, plástica do personagem é muito boa mas PORRA isso não é um game e aquilo não é uma FASE.
Uma coisa que me deixou um pouco irritado com o filme além de todos esses itens é o abuso do slow motion. O que adianta tanta ação se todas as cenas são em câmera lenta?
Sem falar que a talentosa Ali Larter não tem espaço para aprofundar sua Claire, e Wentworth Miller parece apenas um enfeite masculino, soltando poucas frases e sempre com um olhar nada vê. A relação entre os irmãos Redfield é tão profunda quanto um pires.
Agora nesta quarta edição, podemos perceber que a protagonista vivida por Milla Jovovich é um dos maiores acertos da produção. A atriz conseguiu evoluir a cada filme, e neste se torna um dos melhores pontos de uma produção que apela para a ação na tentativa de mascarar o roteiro.

Direção:
Paul W.S. Anderson
Roteiro: Paul W.S Anderson
Elenco: Milla Jovovich, Ali Larter, Spencer Locke, Jason O'Mara, Wentworth Miller, Shawn Roberts, Boris Kodjoe, Kim Coates, Sienna Guillory.

Trailer




sábado, 18 de setembro de 2010

Notícias Piratas no Caribe 4 - Em Marés Estranhas

Esse post é uma mostra de minha ansiedade para esse filme com data prevista para o próximo verão americano.
Depois do primeiro teaser já sairam na net varias fotos das gravações no novo filme.



Imagens nos estúdios de gravação improvisados na mesma ilha dos filmes anteriores localizada no Caribe



Uma notícia nova começou a flutuar pela internet. De acordo com o site IMDB, o astro da série High School Musical, Zac Efron, estará em Piratas do Caribe 4, recebendo o maior salário de sua carreira até agora, 10 milhões de dólares. A idéia dos empresários da Disney é fazer com que Efron eventualmente venha a substituir Johnny Depp, caso a franquia ganhe novos episódios após quarto;
De imediato pensei que isso era realmente um absurso ou o primeiro indício do fim de uma das fraquias que na minha opinião pode ser considerada uma das melhores já realizadas em Hoolywood.
Mas prefiro esperar pois nunca tive contato real com o trabalho do garoto. O filme que o fez aparecer para mídia não merece ser chamado de filme. Hight School Musical foi o projeto que revelou Zac Efron para o cinema mas não exigiu exatamente nada da significativo do ator. Por isso vamos dar uma oportunidade para que mostre seu trabalho, depois é a hora certa de falar mau.
Agora é só esperar maio de 2011 para assisir. Espero que seja tão bom quanto os outros e que Depp nos surpreenda novamente com seu incontestável talendo. Atenção marujos piratas do Caribe a vista!!!!!!!!!!!!!!!!!
Treiler

Karate Kid

Nota 6,5
Porque não Kung-Fu Kid? Alguém me Explica porque um filme que se passa na china e usa kong-fu como enredo se chama Karate Kid.
Tudo bem, essa dúvida já vem desde o filme original de 1984, então vamos ao que interessa.
A superação, o “chegar lá”, vencer após uma jornada cheia de obstáculos são elementos fundamentais para a sociedade e cinema dos Estados Unidos. Não dá para pensar na cultura norte-americana sem passar por um sistema que vende a ideia de um mundo possível para todos os cidadãos, basta “apenas” lutar.
O roteiro escrito pelo estreante Christopher Murphey segue a base do filme original. Porém, é muito mais inteligente para aprisionar o espectador em todas as situações emotivas. Por exemplo: quando o personagem de Jaden Smith finalmente aprende alguns golpes, Karatê Kid usa e abusa da troca de cenas e de uma trilha pela qual é impossível ficar indiferente.
Quando anúnciaram o remake tudo indicava para uma grande porcaria modista de hollywood. E quando lançaram as primeiras imagens totalmente coloridas do filme e a trila sonora com Justin Bieber com a música tema, tudo realmente indicava uma porcaria pois era uma monte de porcaria junto.
Só que, ao contrário do que tudo indicava, este Karatê Kid (The Karate Kid, 2010) mostrou força e superou todas estas desconfianças.
O filme tem algo peculiar que o deixa diferente de muitos outros filmes ruins que é o respeito pela inteligencia do espectador. O filme não FALA ou descreve tudo a quem esta assistindo mas consegue mostrar sem palavras passagens muito importântes para o longa. Essa qualidade de não subestimar a inteligência de seu público fica exemplificada na passagem do tempo, que é percebida através do carro que Han está reformando na sala de sua casa, ao contrário daquelas legendas padrões que demonstram os dias. Conforme acompanhamos o treinamento do jovem, o carro vai ficando cada vez mais arrumado, o que dá a sensação de que os dias estão passando, sem precisar que seja dito para o espectador comum. Este respeito pela inteligência de quem está assistindo se estende por todo o filme, seja na hora em que Dre pega um pedaço de papel, após a bebedeira de Han, e, mesmo aquilo tudo estando em chinês, ele - e, conseqüentemente, nós que estamos assistindo -, entende perfeitamente o que houve, sem precisar que nada além seja dito.
Claro que não dá para extrair muita filosofia do filme. É entretenimento pipoca e refrigerante, sem pretensões além de passar a mensagem da superação e do diálogo entre diferentes. Dentro disso, elenco afinado (com Jackie Chan e Jaden Smith promissor) deixou o filme bom e divertido. Assistam sem comparações com o passado.

Direção: Harald Zwart
Roteiro: Michael Soccio
Elenco: Jaden Smith (Daniel Larusso), Taraji P. Henson, Jackie Chan
Trailer