domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lista completa dos ganhadores do Academy Awards - Oscar 2011

Enfim, chegamos ao fim. Está ai a lista dos ganhadores do Oscar Academy Awards 2011:


Em uma noite belíssima e muito bem apresentada por James Franco e Anne Hathaway, a falta de surpresas predominou.
Destaques para A Origem, que foi o maior ganhador de prêmios técnicos da noite, para O Discurso do Rei que faturou 4 das 12 indicações recebidas sendo elas as mais importantes como melhor diretor, melhor ator, e melhor filme. E destaque também para a própria premiação do Oscar que ficou no topo dos TTs do twitter durante todo o evento.

Melhor direção de Artes: Alice no País das Maravilhas
Melhor Fotografia: A Origem
Melhor Atriz Coadjuvante: Melissa Leo
Melhor Animação em curta-metragem: The Lost Thing
Melhor Longa de Animação: Toy Store 3
Melhor Roteiro Original: O Discurso do Rei
Melhor Roteiro Adaptado: Rede Social
Melhor Filme Estrangeiro: Em um Mundo Melhor
Melhor Ator Coadjuvante: Christian Bale
Melhor Trilha Sonora Original: Rede Social
Melhor Mixagem de Som: A Origem
Melhor Edição de Som: A Origem
Melhor Maquiagem: O Lobisomem
Melhor Figurino: Alice no país das maravilhas
Melhor Canção Original: We Belong Together, do filme Toy Story 3
Melhor Documentário em curta-metragem: Strangers No More
Melhor curta-metragem: God Of Love
Melhor Documentário: Trabalho Interno
Melhores Efeitos visuais: A Origem
Melhor Montagem: Rede Social
Melhor Diretor: Tom Hooper
Melhor Atriz: Natalie Portman
Melhor Ator: Colin Firth
Melhor Filme: O Discurso do Rei



Saiu no site da Academy Award - Oscar como vai ser a premiação de hoje (27 de fevereiro de 2011).


A ordem das apresentações é a seguinte:


Os apresentadores James Franco, que está indicado a melhor ator por sua atuação em 127 Horas, e Anne Hathaway vão abrir o evento com uma apresentação pré-gravada em que aparecem em cenas dos dez indicados ao prêmio de melhor filme. Depois, eles fazem a primeira "transição cênica", inspirada em ...E o Vento Levou.

Tom Hanks entrega os prêmios de melhor direção de arte e melhor fotografia.

Em seguida, vem melhor atriz coadjuvante, mas a lista não continha o nome do ator que vai entregar a estatueta.

Justin Timberlake (A Rede Social) e Mila Kunis (Cisne Negro) apresentarão melhor longa animado e melhor animação em curta-metragem.

A próxima transição cênica vai relembrar a primeira cerimônia do Academy Awards, que aconteceu em 16 de maio de 1929, no Hotel Roosevelt.

Javier Bardem (Biutiful) e Josh Brolin (Bravura Indômita) entregam os Oscars de melhor roteiro original e melhor roteiro adaptado.

Franco e Hathaway voltam e encenam uma performance cômica com uma troca de figurino.

Russell Brand e Helen Mirren apresentam melhor filme em língua estrangeira.

Entra Reese Witherspoon para entregar o prêmio para o melhor ator coadjuvante.

O presidente da Academia, Tony Sherak, sobe ao palco para um discurso.

Nicole Kidman (Reecontrando a Felicidade) e Hugh Jackman (apresentador do Oscar de 2009) participam da transição cênica voltada para a evolução do som, da era do cinema mudo até a tecnologia THX de hoje, com um medley de trilhas sonoras do passado, com a orquestra. Ambos apresentam, depois, melhor trilha sonora.

Marisa Tomei sobe ao palco para contar como foi a entrega dos prêmios técnicos e científicos.

Hathaway aparece de smoking, o que leva à próxima transição cênica, desta vez tendo O Senhor dos Anéis como tema e a participação de Cate Blanchett, que apresenta melhor maquiagem e melhor figurino.

Em seguida, um interlúdio que está sendo chamado "músicas de filmes de que eu me lembro", introduzido por Kevin Spacey (Casino Jack).

Começam as performances das músicas indicadas ao prêmio de melhor canção original. Primeiro será Randy Newman com "We Belong Together", de Toy Story 3. Na sequência, entram Mandy Moore, Zachary Levi e Alan Menken com "I See the Light", de Enrolados.

Jake Gyllenhaal e Amy Adams (O Vencedor) apresentarão melhor documentário em curta-metragem e melhor curta-metragem.

Hathaway e Franco voltam para mais um esquete cômico, já na terceira mudança de figurino.

Oprah Winfrey entrega o prêmio para o melhor documentário.

Hathaway introduz um apresentador ainda não identificado e começa mais uma transição cênica - sobre o primeiro Oscar televisionado em preto e branco. O apresentador fará um monólogo.

Robert Downey Jr. e Jude Law apresentam melhores efeitos visuais.

Hathaway volta em seu quarto figurino.

Jennifer Hudson introduz a terceira performance de melhor canção original, "If I Rise", de 127 Horas, que será cantada por Florence Welch (da banda Florence and the Machine) e A.R. Rahman, compositor da trilha do filme. Na sequência, entra a quarta música indicada, "Coming Home", de Country Strong, cantada por Gwyneth Paltrow. Aí o prêmio de melhor canção original é entregue ao vencedor por Hudson.

Celine Dion e a orquestra conduzida por William Ross fazem uma performance de "Smile" durante a exibição do segmento In Memoriam. Segue um tributo a Lena Horne introduzido por Halle Barry. Falecida em maio de 2010, Horne teve sua carreira em Hollywood sabotada nos anos 40 e 50, em pleno macarthismo, por ser negra e ter "tendências de esquerda".

O prêmio para melhor diretor será apresentado por Hilary Swank e Kathryn Bigelow, vencedora em 2010 por Guerra ao Terror.

Annette Bening (Minhas Mães e Meu Pai) sobe ao palco para contar como foi o Governors Award, entregue em 14 de novembro, e os contemplados com o Oscar honorário são apresentados no palco: Eli Wallach, Kevin Brownlow e Francis Ford Coppola. O quarto homenageado, Jean-Luc Godard, não foi ao Governors Award e não irá ao Oscar.

A última transição cênica mostra o Grauman's Chinese Theater, palco de diversas premiéres e onde os pés, as mãos e as assinaturas de diversas celebridades estão imortalizados em cimento, na Calçada da Fama.

Jeff Briges (Bravura Indômita), ganhador do Oscar de melhor ator no ano passado, apresenta o prêmio de melhor atriz.

Hathaway troca de figurino pela quinta vez.

Sandra Bullock, ganhadora do Oscar de melhor atriz no ano passado, apresenta o prêmio de melhor ator.


Steven Spielberg anuncia e entrega a estatueta para o melhor filme.

Entram Franco e Hathaway para as despedidas. O coral da New York School fecha o espetáculo com uma apresentação de "Over the Rainbow", de O Mágico de Oz.
Uma pequena aposta ao Oscar

Um filme frio e direto, com uma trama que não se apega muito aos detalhes. Em Inverno da Alma a diretora Debra Granik joga o espectador em uma história que já está em andamento, sem ao menos se preocupar em esclarecer os fatos anteriormente ocorridos. Os personagens aparecem aos montes, sempre figuras rudes e frias, com alguma ponta de emoção, mas a grande maioria deles não tem sequer uma justificativa para aparecer na trama. O que pode parecer um erro de roteiro para alguns, parece mais uma opção da própria diretora em não dar notoriedade a fatos secundários e ir direto ao ponto. O objetivo é apresentar a jornada de Ree, enfatizando sua personalidade, suas emoções e as dificuldades enfrentadas por ela, e isso a diretora consegue realizar perfeitamente bem.
Todo o filme se passa a partir da personagem Ree (Jennifer Lawrence). Sem a figura do pai, um fabricante de drogas que fugiu de casa, e sem poder contar também com sua mãe, uma mulher doente que sequer percebe o que se passa ao seu redor, Ree assume as responsabilidades da família e passa a cuidar sozinha de sua mãe e de seus dois irmãos. A dificuldade financeira é amenizada com a ajuda dos vizinhos da família, que oferecem o que podem, e de alguns outros personagens da trama, entre os quais Teardrop (John Hawkes), tio paterno de Ree, um sujeito que aparentemente não se importa com situação da família de seu irmão. A situação de Ree piora quando ela descobre que seu pai deixou a casa e o terreno da família como fiança para sair da prisão e agora a família corre o risco de perder o pouco que tem caso o pai de Ree não compareça ao tribunal. Para complicar, o paradeiro de Jessup, pai de Ree, é desconhecido. Para evitar o pior, Ree sabe que deve encontrar o pai, vivo ou morto, por isso sai em busca de informações, se envolvendo com tipos estranhos e sombrios, arriscando tudo para encontrar seu pai. Mesmo não gostando da ideia da sobrinha, é nesse momento que Teardrop acaba revelando outra face que se escondia sob sua carapuça de "homem da montanha". É Teardrop que ajuda Ree nos momentos mais difíceis de sua jornada, acompanhando-a até o fim.

Jennifer Lawrence está brilhante em Inverno da Alma, talvez por isso (ou simplesmente pelo roteiro) a câmera não se afaste dela por nada, o que só faz muito bem ao filme. Uma personagem fria, provavelmente pela necessidade de se mostrar forte, mas que tem um coração imenso e um carisma gigantesco. Ela emocina a cada cena e só não carrega sozinha o filme devido a também ótima atuação de John Hawkes, que consegue transmitir carisma e emoção, mesmo interpretando um personagem não muito agradável.
Apesar de não ter o brilho dos grandes sucessos de Hollywood, muito menos um investimento grandioso por trás de sua produção, Inverno da Alma consegue tocar o espectador. E ainda que fosse, tão somente, pela atuação de Jennifer Lawrence, já seria merecedor de uma indicação ao Oscar. Vale a pena conferir.

Direção: Debra Granik
Roteiro: Anne Rosellini, Debra Granik, Daniel Woodrell (romance)
Elenco:Jennifer Lawrence, John Hawkes, Kevin Breznahan, Garret Dillahunt, Lauren Sweetser


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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Discurso do Rei

Nota 9,0

A onda do império nas telonas não parou em Elizabeth I, Vitória, Elizabeth II. Agora é a vez de um rei bilhar, mesmo que seja gago.
É impressionante como Tom Hooper teve a sensibilidade de tornar um rodapé de página, uma observação, um pequeno detalhe em algo genial.
O rei George VI é a bola da vez. Estive lendo a história da Inglaterra no final do século XIX início do século XX e todos os artigos, ou não falam, ou falam quase nada a respeito do problema enfrentado pelo rei neste filme. A dificuldade na fala, que poderia ser problema pequeno na vida de uma pessoa comum, torna-se um grande empecilho na vida do rei, não só pela má comunicação, mas também pela baixa estima que aquilo impunha-lhe e que, por consequência, poderia afetar o seu reinado já debilitado pela morte do pai, pela repentina renúncia do antecessor, o irmão mais velho, e pela iminência da entrada da Inglaterra na 2ª Guerra Mundial.
O Discurso do Rei aborda com muita elegância um assunto um tanto quanto cômico que é a gagueira e trás a figura do monarca para um âmbito mais humano.
Somos inseridos em 1925, onde o Príncipe Alberto (Colin Firth), o Duque de York, tenta discursar em pleno estádio de Wembley, ocasião em que acontecia a Exposição do Império Britânico. Os seus problemas de gaguez já são revelados, e percebemos que este é um problema de extrema relevância, uma vez que o rádio começava a surgir como uma tecnologia cada vez mais útil para efeitos de comunicação, principalmente para os políticos. A sua condição como monarca não lhe permite uma lacuna que comprometa a comunicação com o povo então o Príncipe vai à procura de tratamento médico. É quando encontra o médico fonoaudiólogo Lionel Logue (Geoffrey Rush) e partir daí, explorando os diálogos bem sucedidos, a evolução médica do problema do Duque, o crescimento de sua alto-estima e a amizade que começa acontecer entre o médico e o paciente, que o filme acontece.
Quando um filme não se utiliza de recursos técnicos e parte para o caminho do dialogo para o roteiro ser expresso, é que vemos a qualidade dos atores. Colin Firth vai além do que meramente interpretar o rei, como incorpora com perfeição seus cacoetes, sua garra escondida pela sua deficiência. Isso significa que uma gagueira bem representada pode valer até Oscar. Sem falar que Geoffrey Rush mostrou muita autoconfiança (até mesmo por ser uma exigência do papel que é oposto à personalidade do rei) e competência. E na outra ponta, Helena Bonham Carter que depois de fazer Alice no País das Maravilhas volta aos papéis “normais” e faz seu papel com sutileza, mostrando-se uma ótima atriz para fazer filmes biográficos diferente dos últimos trabalhos fantasiosos.
Em uma frase: Melhor filme do ano.
Atenção para o pessoal que estava perguntando no twitter e por e-mail este filme, O discurso do Rei, é minha aposta para o prêmio de melhor filme em 2011 e Colin Firth também é minha preferencia para melhor ator. Com 12 indicações (recorde deste ano) O Discurso do Rei é um grande favorito a maioria dos prêmios, até porque a academia gosta muito dos filmes que relatam a monarquia britânica. Ótimo filme, não deixem de ver.

Diretor: Tom Hooper
Roteiro: David Seidler
Elenco: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Derek Jacobi, Michael Gambon, Guy Pearce, Claire Bloom, Tim Downie, Timothy Spall, Robert Portal, Richard Dixon, Paul Trussell, Adrian Scarborough, Andrew Havill, Charles Armstrong, Roger Hammond

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O Vencedor

Nota 7,0

Um filme de boxe um pouco diferente.
Normalmente os filmes de boxe despertam dois sentimento distintos nos espectadores, algumas pessoas gostam muito, outras simplesmente odeiam.
Um grande clássico do gênero é a marcante franquia do Rocky, onde Sylvester Stallone populariza nas telas de Hollywood o assunto da luta dentro e fora dos ringues.
Explorando a genialidade dos lutadores dentro dos ringue e a falta de “cabeça” do lado de fora, O Vencedor vem para continuar o legado dos filmes de boxe baseado em fatos reais.
O Vencedor fala de boxe, de determinação, dos bastidores do esporte e da indústria que movimenta muito dinheiro a cada ano, mas não trata apenas disto. Baseado em uma história real este filme trata de família, dos alicerces que nos fazem sermos quem somos, de glória, fundo do poço, drogas, formas de inspiração, e redenção. A história não guarda muitas surpresas ou inovações. Na verdade, é bastante previsível. Mas o elenco escalado para esta produção, seguram o interesse até o final.
O filme começa na cidade de Lowell, Massachusetts, em 1993. Dickie Eklund (Christian Bale) pergunta para as pessoas que estão lhe filmando se elas vão esperar pelo irmão dele, Micky Ward (Mark Wahlberg). Dickie está agitado, mas começa a contar a sua história. Comenta que começou com o boxe quando tinha 12 anos, e que mentiu sobre sua idade na época. Micky se aproxima. O irmão afirma que tudo que Micky aprendeu foi com ele, ainda que eles tenham estilos muito diferentes de lutar. Aparecem cenas da infância dos garotos e, quando Dickie cita Sugar Ray Leonard, são inseridas imagens da luta dele contra a lenda do boxe, em 1978. Ele começa a elogiar o irmão mas parece um pouco alterado ou estranho demais. Ele comenta que leva o título de “orgulho de Lowell”. A história segue, mostrando a relação entre os irmãos, seus familiares e a busca de Micky para sair da sombra de Dickie.
Os olhos esbugalhados e a magreza impressionante de Christian Bale logo na primeira aparição do ator já dão mostras de como ele se preparou para o papel que por sinal fez muito bem. Pode ser que agora receba o reconhecimento da academia do Oscar já tão merecido anteriormente.
A tradução tira um pouco o valor do filme. O Vencedor não representa a luta constante que acontece no filme, tanto na vida profissional como na pessoal de Micky Ward (Mark Wahlberg). The Fighter (O lutador) seria mais apropriado.
Agora vem a parte ruim. David O. Russell não é um bom diretor, a história é muito batida não tem nada de novo mas mesmo assim o filme prende os espectadores, o que é grande mérito dos atores. O Vencedor recebeu algumas indicações ao Oscar que surpreenderam como a de melhor filme, talvez pelo fato da academia ter aberto 10 indicados em 2011. Porém, mesmo com várias indicações, é provável que só fature a de melhor ator coadjuvante para Christian Bale. O que já está de bom tamanho.

Direção: David O. Russell
Roteiro: Scott Silver,Eric Johnson,Paul Tamasy
Elenco: Christian Bale (Dicky Eklund), Mark Wahlberg (Micky Ward), Melissa Leo (Alice Ward), Amy Adams (Charlene Fleming), Jack McGee (George Ward)

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Cisne Negro

Nota 8,5

Às vezes temos que aplaudir a ousadia de alguns diretores, principalmente quando eles conseguem unir um drama psicológico dos melhores com intrigas, competição e obsessão.
A principal bailarina da companhia, Beth Maclntyre (Winona Ryder), tinha o papel de rainha dos cisnes não estará presente na nova temporada do Lago dos cisnes, e a companhia precisa de uma nova estrela. Para ser rainha dos cisnes é necessário subir ao palco como cisne branco, com doçura e inocência, e também como cisne negro, com ousadia e sensualidade. Nina (Natalie Portman) é perfeita e imbatível como cisne branco, sempre muito disciplinada nas aulas, mas não consegue ser sensual o bastante para ser o cisne negro. A melhor como cisne negro é Lilly (Mila Kunis), e as duas tornam-se as favoritas a se tornar rainha dos cisnes.
A escolha de quem será a nova rainha dos cisnes cabe ao diretor artístico da companhia, Tomas Leroy (Vicente Cassel). Ele acaba escolhendo Nina, acreditando que ela será capaz de aprender a interpretar o cisne negro. Daí pra frente Nina passa a ter um grande problema: Se dedicar ao máximo nas aulas e em todos os momentos de sua vida para se tornar sensual e ousada como requer o papel de cisne negro.
É interessante ver um drama que retrata um assunto tão difícil de ser retratado no cinema que é a obsessão, a psicose, a loucura. O papel de Nina passa por uma transformação do bem para o mal contando com alguns lapsos de loucura, que deixam o telespectador no mínimo perturbado. O constante intercalar entre real e imaginário faz o filme ter uma dinâmica às vezes assustadora.
Para ser ousada nos palcos Nina tem que transformar-se ousada na vida e começa aderir uma personalidade extremamente má e muito, mas muito sensual. Muitos críticos ressaltam o “exagero na sensualidade” um pecado cometido por Darren Aronofsky, porém neste filme tudo é válido. Quando se trata de loucura, obsessão e dupla personalidade pode-se abusar dos pontos mais extremos do bem e do mal, se não fosse assim não seria loucura de verdade.
Só acho que o filme era ao colocar alegoricamente cenas de suspense barato, pequenos sustos que normalmente são usados em filmes de terror trash. Com certeza não era necessário.
Mas todos os problemas que o filme possa ter são ofuscados pela fotografia, cenas de balé absolutamente bem trabalhadas que prendem o público com um grau artístico de dramatização e perfeição assustadores. E o principal: NATALIE PORTMAN. Se o Oscar deste ano não estiver em suas mãos no dia 27 será muito estranho. Natalie vem estudando o personagem a 10, resultado: uma personagem que vai entrar para história. Natalie teve a interpretação da sua vida, indo de doce e inocente a obcecada e sexy em menos de duas horas de filme. Juntou interpretação dramática, passos de balé, atuação psicótica e foi perfeita. (Ela realmente foi perfeita, ao assistir o filme você vai entender). Com isso Natalie deve dar o terceiro Oscar para cisne negro, das prováveis dez indicações.

Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Mark Heyman, Andres Heinz, John J. McLaughlin
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Winona Ryder, Benjamin Millepied, Ksenia Solo, Kristina Anapau

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